Em 1981 tivemos a PNMA (Lei 6938)
onde situa a
EA como um dos princípios que garantem a mesma em todos os níveis
de ensino, inclusive na educação da comunidade, objetivando capacitá-la para
participação ativa na defesa do meio ambiente.
Em 1988 com a CF no seu artigo 225
temos que tratam da responsabilidade do Governo em conservar o meio ambiente e
indica que é responsabilidade do coletivo, ou seja, de todos nós cidadãos.
Em 1992 com a ECO-92 (Cúpula
da Terra), evento no Rio de Janeiro que teve como objetivo Meio Ambiente e
Desenvolvimento norteou as discussões sobre um modelo de crescimento econômico
menos consumista e mais preocupado com questões ambientais.
Realização do Primeiro
Congresso Brasileiro de Educação Ambiental no Rio Grande do Sul. Realização do
Primeiro Fórum de Educação Ambiental promovido pela Coordenadoria
Executiva de Cooperação Universitária e de Atividades
Especiais - CECAE/USP, que mais tarde foi assumido pela Rede Brasileira
de Educação Ambiental.
Em 1993 Portaria 773/93 do
MEC, institui em caráter permanente um Grupo de Trabalho para EA com objetivo
de coordenar, apoiar, acompanhar, avaliar e orientar as ações, metas e
estratégias para a implementação da EA nos sistemas de ensino em todos os
níveis e modalidades - concretizando as recomendações aprovadas na RIO -92.
Em 1994, momento em que
Ministério da Educação (MEC), Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos
Hídricos e da Amazônia Legal (MMA), com a interveniência do Ministério da
Ciência e Tecnologia (MCT) e o Ministério da Cultura (Minc) formularam o
Programa Nacional de Educação Ambiental (PRONEA). Culminou com a assinatura do
Presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, da Política Nacional de
Educação Ambiental regida pela Lei 9.795 de 27/05/99. Nesse mesmo ano, o MEC
divulga os novos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), introduzindo o meio
ambiente nas temáticas transversais
EM 1995 Foi criada a Câmara
Técnica temporária de Educação Ambiental no Conselho Nacional de Meio Ambiente
- CONAMA, determinante para o fortalecimento da Educação Ambiental.
1996 Lei nº 9.276/96 que
estabelece o Plano Plurianual do Governo 1996/1999, define como principais
objetivos da área de Meio Ambiente a “promoção da Educação Ambiental, através
da divulgação e uso de conhecimentos sobre tecnologias de gestão sustentável
dos recursos naturais”, procurando garantir a implementação do PRONEA.
A Coordenação de Educação
Ambiental promove 3 cursos de Capacitação de
Multiplicadores em Educação Ambiental - apoio do Acordo BRASIL/UNESCO, a fim de
preparar técnicos das Secretarias Estaduais de Educação, Delegacias Regionais
de Educação do MEC e algumas Universidades Federais, para atuarem no processo
de inserção da Educação Ambiental no currículo escolar.
1997 Conferência Internacional
sobre Meio Ambiente e Sociedade: Educação e Consciência Pública para a
Sustentabilidade – Thessaloniki,1997 onde houve o reconhecimento que, passados
cinco anos da Conferência Rio-92, o desenvolvimento da EA foi insuficiente.
O Brasil apresentou o
documento “Declaração de Brasília para a Educação Ambiental”, consolidado após
a I conferência Nacional de Educação Ambiental – CNIA. Reconhece que a visão de
educação e consciência pública foi enriquecida e reforçada pelas conferências
internacionais e que os planos de ação dessas conferências devem ser
implementados pelos governos nacionais, sociedade civil (incluindo ONGs,
empresas e a comunidade educacional), a ONU e outras organizações
internacionais.
Elaboração dos Parâmetros
Curriculares
Nacionais - PCNs com o tema “Convívio Social, Ética e Meio Ambiente”, onde a
dimensão ambiental é inserida como um tema transversal nos currículos do Ensino
Fundamental. A Coordenação de Educação Ambiental do MEC promove 7 Cursos de
Capacitação de Multiplicadores e 5 Teleconferências.
1998 A Coordenação de Educação
Ambiental do MEC promove 8 Cursos de Capacitação de Multiplicadores, 5
teleconferências, 2 Seminários Nacionais e produz 10 vídeos para serem exibidos
pela TV Escola. Ao final deste ano, a Coordenação de Educação Ambiental é
inserida na Secretaria de Ensino Fundamental - SEF no MEC, após reforma
administrativa.
1999 Promulgada a Lei nº 9.795
de 27 de abril de 1999 que institui a Política Nacional de Educação Ambiental,
a que deverá ser regulamentada após as discussões na Câmara Técnica Temporária
de Educação Ambiental no CONAMA. Portaria 1648/99 do MEC cria o Grupo de
Trabalho com representantes de todas as suas Secretarias para discutir a
regulamentação da Lei nº 9795/99 MEC propõe o Programa PCNs em Ação atendendo
às solicitações dos Estados. Meio Ambiente, uns dos temas transversais, será
trabalhado no ano 2000.
Segundo
Marcatto (2002), através da Lei Federal Nº. 9.795, sancionada em 1999, e
reformulada em 2002, através do Decreto Nº. 4.281, define a “Política Nacional
de Educação Ambiental”, a EA deverá estar presente em todos os níveis de ensino
no âmbito escolar.
O Programa Nacional de
Educação Ambiental (ProNEA), lançado em 1994 e reorganizado em 2004, sinaliza claramente
para um novo patamar de compreensão do processo educativo. Articula as mudanças
de percepção e cognição no aprendizado às mudanças sociais e explicita o
reconhecimento de que a intenção básica da educação não está apenas em gerar
novos comportamentos ou trabalhar no campo das ideias e valores.
Principais políticas públicas
para EA no Brasil desde os anos 80
1988 - Inclusão da EA como
direito de todos e dever do Estado no capítulo de meio ambiente da
Constituição.
1992 - Criação dos Núcleos de
Educação Ambiental pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis (Ibama) e dos Centros de Educação Ambiental pelo Ministério
da Educação (MEC).
1994 - Criação do Programa
Nacional de Educação Ambiental (Pronea) pelo MEC e pelo Ministério do Meio
Ambiente (MMA).
1997 - Elaboração dos
Parâmetros Curriculares pela Secretaria de Ensino Fundamental do MEC, onde
“meio ambiente” é incluído como um dos temas transversais.
1999 - Aprovação da Política
Nacional de EA pela Lei n. 9.795.
2002 - Regulamentação da
Política Nacional de EA (Lei n. 9.795) pelo Decreto n. 4.281. 2003 - Criação do
Órgão Gestor da Política Nacional de EA reunindo MEC e MMA.
2004 – Reorganização do PRONEA
para um novo formato mais articulado para as mudanças sociais.
2005 a 2014 - Durante sua 57a
sessão, realizada em 20 de dezembro de 2002, as Nações Unidas estabeleceram a
Década da Educação para o Desenvolvimento Sustentável onde elaboraram uma série
de documentos para cumprir os objetivos desta década sendo que o principal era
focar na educação como percursora para o desenvolvimento sustentável.
2012 – RIO+20, 20 anos após a
ECO-92 que tratava também de desenvolvimento sustentável e criou a agenda 21
com os compromissos para o século 21. O objetivo
da Conferência foi a renovação do compromisso político com o desenvolvimento
sustentável, por meio da avaliação do progresso e das lacunas na implementação
das decisões adotadas pelas principais cúpulas sobre o assunto e do tratamento
de temas novos e emergentes.
2015 - Ocorreu em Nova York,
na sede da ONU, a Cúpula de Desenvolvimento Sustentável. Nesse encontro,
todos os países da ONU definiram os novos Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável (ODS) como parte de uma nova agenda de desenvolvimento sustentável
que deve finalizar o trabalho dos ODM e não deixar ninguém para trás. Com prazo
para 2030, mas com o trabalho começando desde já, essa agenda é conhecida como
a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.
A partir de 2015, a Educação Ambiental passou a ter um papel
ainda mais relevante no contexto global, com a aprovação dos Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável (ODS) pela Organização das Nações Unidas (ONU). O
ODS número 4, por exemplo, estabelece a necessidade de se promover uma educação
de qualidade, inclusiva e equitativa, que contribua para a construção de
sociedades mais sustentáveis.
No Brasil, a Educação Ambiental também vem ganhando destaque
nos últimos anos, com a realização de diversos programas e projetos em
diferentes esferas da sociedade. Um exemplo é o Programa Nacional de Educação
Ambiental (ProNEA), que tem como objetivo fomentar a Educação Ambiental no país
e promover a articulação entre as diferentes instituições e setores envolvidos
na temática.
Outro destaque é a Política Nacional de Resíduos Sólidos,
aprovada em 2010, que estabelece a necessidade de se promover a Educação
Ambiental para a gestão dos resíduos sólidos e a conscientização da população
sobre a importância da reciclagem e da redução do consumo.
Além disso, a Educação Ambiental também vem sendo cada vez
mais valorizada nas escolas brasileiras, por meio da inclusão da temática nos
currículos escolares e da formação de professores para atuarem como agentes
multiplicadores da Educação Ambiental.
No entanto, ainda existem desafios a serem enfrentados na
promoção da Educação Ambiental no Brasil e no mundo, como a falta de recursos
financeiros, a falta de formação dos educadores, a falta de integração entre as
diferentes áreas do conhecimento e a necessidade de se desenvolver uma
abordagem crítica e participativa que envolva a sociedade como um todo.
Para superar esses desafios, é fundamental que a Educação
Ambiental seja vista como uma abordagem transversal e interdisciplinar, que valorize
a participação da comunidade e promova uma consciência crítica e responsável
sobre a relação entre a sociedade e o meio ambiente.
Logo do Portal de EA de SP
Referências:
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Programa Nacional de
Educação Ambiental (ProNEA). Brasília, 2013.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Política Nacional de
Resíduos Sólidos. Brasília, 2010.
ONU. Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Nova York,
2015.
SANTOS, Boaventura de Sousa. Para uma pedagogia do conflito.
São Paulo: Cortez, 2016.
GUIMARÃES, Mauro. Educação Ambiental crítica. 6. ed. São
Paulo: Cortez, 2012.
Imagens: Logo de EA: https://www.infraestruturameioambiente.sp.gov.br/cea/portal-de-educacao-ambiental/
Outras informações: https://agenciajovem.org/dia-nacional-da-educacao-ambiental/
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