MANGUEZAL: Berçário da Vida





Complexo Estuário lindíssimo, de campos salinos, de origem flúvio-marinha e com pouca oxigenação do solo. O terreno é arenoso e lamacento,com alto teor de matéria orgânica. Os Manguezais do Brasil abrigam somente 07
espécies de plantas lenhosas. Abriga insetos, moluscos, crustáceos, peixes, mamíferos, anfíbios e aves.

É importante porque diminui a inundação das áreas ribeirinhas e protege a terra contra a força do mar, além de filtrar os poluentes reduzindo a contaminação das praias.
Gera plâncton e fornece proteção a alevinos, por isso é importantíssimo para o desenvolvimento da vida marinha e para a produção de pescados. Recebendo,
assim, o carinhoso apelido de berçário marinho. 
É considerado área de PRESERVAÇÃO PERMANENTE.


Com o crescimento contínuo das cidades, fomos nos afastando cada vez mais da natureza e não atentamos aos Manguezais, por exemplo. Esses se desenvolvem em regiões de alta temperatura, onde a velocidade das correntes marinhas é reduzida e onde há reentrâncias na costa continental, permitindo a sedimentação
de materiais finos (argila, silte e matéria orgânica) vindos dos rios que desembocam no mar.


Os Manguezais acompanham todos os litorais tropicais e subtropicais do mundo, avançam pelos rios, sofrem influência do fluxo e refluxo das marés.. No Brasil, este tipo de ecossistema ocorre desde o Amapá até o sul de Santa Catarina.


No passado, a extensão dos Manguezais brasileiros era muito maior, porém muitos portos, indústrias, loteamentos e rodovias costeiras foram desenvolvidos nestas áreas.


No Manguezal a salinidade da água varia muito devido à variação das marés. O solo deste tipo de ecossistema marinho é fino, mole, rico em sedimentos e pobre em oxigênio.


Bactérias anaeróbicas que vivem nesses terrenos alagadiços realizam a decomposição da matéria orgânica, tornado o solo extremamente fértil e com odor característico (gás sulfídrico).


Ao contrário de outras florestas, os Manguezais não são muito ricos em espécies, porém, destacam-se pela grande abundância das populações que neles vivem.


Existem poucos tipos de árvores que constituem as florestas de Manguezal, dentre elas destacam-se o mangue vermelho, o mangue siriúba (amarelo) e o mangue branco. As árvores são acompanhadas por um pequeno número de outras plantas, tais como samambaias, orquídeas, bromélias, líquens, hibisco e gramíneas. Ricas comunidades de algas crescem sobre os caules aéreos das árvores, na faixa coberta pela maré.



Os caules entrelaçados das árvores permitem a essas plantas se fixarem nesses terrenos constantemente inundados, possuem sistemas que exudam sal, realizam trocas gasosas e se reproduzem vegetativamente (propágulos).



A grande importância ambiental dos Manguezais se deve ao fato de funcionarem como criadouros, servindo de desova para muitos peixes, crustáceos, moluscos marinhos e de refúgio para suas larvas e formas jovens, pois os caules das árvores funcionam como uma rede impedindo a entrada de animais de grande porte, protegendo dessa forma, os seres menores e indefesos, até que possam crescer e ganhar o mar.



Atualmente o Manguezal, ecossistema bem representado ao longo do litoral brasileiro é considerado no Brasil como Área de Preservação Permanente, incluído em diversos dispositivos constitucionais (Constituição Federal de 1988 e Constituições Estaduais) e infraconstitucionais (leis, decretos, resoluções, convenções). A observação desses instrumentos legais impõe uma série de ordenações do uso e/ou de ações em áreas de Manguezal.


Embora ainda protegido por diversas leis como: artigo 225, Lei Federal nº.. 9.605/98, que dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, Código Florestal – Lei nº. 4.771/196, Lei Federal Nº. 7.661/98, que institui o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro, Lei Estadual nº. 9.931/1986 - Proteção das Áreas Estuarinas, Resolução CONAMA nº. 04/1985, Decreto Federal nº. 750/93, que dispõe sobre o corte, a exploração, a supressão de vegetação primária ou nos estágios avançado e médio de regeneração da Mata Atlântica, o Manguezal ainda sofre com a destruição gratuita, principalmente com a poluição doméstica e química das águas, derramamentos de petróleo e aterros mal planejados, queimadas, deposição de lixo, lançamento de esgoto, lançamentos de efluentes industriais, dragagens, construções de marinas e pesca predatória.

Os chineses, com sua cultura milenar, sempre se referiram aos “pântanos” como locais sagrados, pela fertilidade que abrigam em suas águas. Os países do novo mundo passaram a reconhecer e preservar os Manguezais após terem utilizado muito deles de forma predatória, e os países emergentes como o Brasil, ainda
continuam a destruição desse ambiente, embora já o reconheçam como um dos ecossistemas com maior capacidade de manter a vida.




Foto do acervo do Projeto Manguezal.



DENUNCIE agressões aos MANGUEZAIS.

Linha verde do IBAMA 0800-618080
Denunciem pelo E-ouve do seu município.

Texto retirado do site Sete universo.

Link: http://www.seteuniversos.com.br/

Escrito por: Elaine Christina Romano (Bióloga)


romano.elaine@gmail.com

 Literatura Consultada

Gerenciamento Costeiro de Pernambuco - GERCO/PE in www.cprh.pe.gov.br capturado
em 25/01/2007.



Governo do Estado de São Paulo. Secretaria do Meio Ambiente e da Educação
Programa de Educação Ambiental do Vale do Ribeira. 1992.



Menezes, Nanuza. Professora Doutora do Deptº de Botânica. Instituto de
Biociências USP. 2000 (comunicação pessoal).


Rodrigues, S. A O Manguezal e a sua Fauna. Centro de Biologia Marinha – USP in
www.cebimar@edu.usp.br. Capturado em 25/01/07.



 






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